
Todos nós já ouvimos dizer que “tens de dormir pelo menos 8 horas por noite, senão ficas doente” ou então que “se dormires muito, o corpo fica ainda mais cansado”.
Essas frases circulam como verdades absolutas, quase como regras universais. Mas será mesmo que o corpo funciona assim tão rigidamente? Será que menos de 8 horas é sempre prejudicial? Ou será que dormir “demais” realmente deixa a pessoa mais preguiçosa?
O sono sempre foi cercado de crenças. Desde pequenos, ouvimos recomendações dos pais, dos avós e até de médicos que generalizam as horas ideais de descanso. Uns dizem que é impossível viver bem sem 8 horas de sono; outros defendem que quem dorme muito desperdiça tempo e produtividade. No meio dessas opiniões, fica a dúvida: mas será que existe mesmo um número perfeito que serve para todo mundo?
O que se sabe é que o sono é essencial para o corpo e para a mente. Porém, mais importante do que a quantidade exata de horas é entender como cada pessoa funciona. Nem todos precisam da mesma duração de descanso para acordar bem e cheios de energia.
Quantas horas de sono os especialistas recomendam?
A recomendação de que adultos devem dormir em torno de 7 a 9 horas por noite vem de várias pesquisas sérias sobre o sono. De fato, quem dorme pouco de forma constante — menos de 7 horas por noite — corre mais riscos de desenvolver problemas como obesidade, diabetes, pressão alta, doenças do coração, dificuldades de memória e até alterações no humor. Além disso, a privação crônica de sono aumenta a chance de acidentes, justamente porque o cérebro não consegue manter a atenção e o raciocínio em dia.
Mas isso não quer dizer que todas as pessoas precisam, obrigatoriamente, de 8 horas exatas para estarem saudáveis. Algumas funcionam muito bem com 7 horas, outras precisam de 9 para acordar dispostas. O mais importante não é a contagem exata de horas, mas sim a qualidade do sono e a regularidade com que ele acontece.
Os riscos de dormir demais
Curiosamente, o excesso também pode trazer problemas. De fato, dormir demais — ultrapassando sempre as 9 horas — pode estar relacionado a outros desequilíbrios de saúde. Além disso, alguns estudos já associaram esse hábito a um maior risco de mortalidade.
Quando 6 horas de sono são suficientes
Vale lembrar que existem até raríssimos casos de pessoas com uma mutação genética que lhes permite viver bem com apenas 6 horas de sono por noite. Mas estamos falando de menos de 1% da população — ou seja, não dá para usar essas exceções como desculpa para dormir pouco.